sábado, 17 de outubro de 2009

Novamente as dúvidas...

Hoje tivemos o primeiro encontro com a Carla, a doula que vai acompanhar o nosso parto!

Ela é uma delicadeza de pessoa e trouxe com ela o pequeno Henrique, que é um bebê lindo e tranquilo!

Conversamos muito e ela nos explicou muitas coisas sobre o trabalho da doula, sobre o plano de parto, quais são os procedimentos mais comuns usados nas maternidades e para que servem e quais são os nossos "direitos".
Direitos entre aspas porque estando dentro de um hospital, a instituição tem os seus procedimentos e regras, o médico tem os seus procedimentos e regras e a gestante se transforma apenas em mais uma PACIENTE. Que não tem direito a praticamente nada.

"Nos últimos quarenta anos muitos procedimentos artificiais foram introduzidos, de modo a transformar o nascimento de evento fisiológico natural em um complicado procedimento médico no qual todo tipo de droga é usada, todo tipo de procedimento é aplicado, muitas vezes desnecessariamente e alguns dos quais potencialmente prejudiciais ao bebê e até à mãe.
Está cada vez mais claro que todos os aspectos dos cuidados médicos hospitalares tradicionais no Brasil devem ser revistos e questionados criteriosamente sob a luz do respaldo científico em relação aos possíveis efeitos sobre o bebê e a parturiente."

Entre os itens relacionados ao trabalho de parto e parto que deveriam ser escolha exclusiva da parturiente estão:

Poder escolher os acompanhantes (marido, família, doula, etc), fazer ou não lavagem intestinal, fazer ou não a raspagem dos pelos, fazer ou não episiotomia, ter liberdade para caminhar e mudar de posição durante o trabalho de parto, ter a bolsa rompida espontaneamente, medicamento para alívio da dor somente quando solicitado, poder ingerir alimentos e água ou bebidas leves, uso de ocitocina apenas se houver real necessidade e muitos outros aspectos que podem ser verificados aqui: http://www.amigasdoparto.com.br/plano3.html

Mas como a gente sabe, muitas destas coisas que deveriam ser nossas escolhas, são impostas pelos hospitais.

Diante disto tudo, eu entrei novamente em momentos de reflexão e dúvida: não seria melhor ter o bebê em casa? Longe de toda a burocracia dos hospitais e do desrespeito e despreparo dos médicos de hoje em dia? Confesso que estou um pouco angustiada com tudo isto.

Existem riscos? Poucos para quem teve uma gravidez de baixo risco.
Existem custos? Sim, e altos se pensarmos só nas cifras, mas baixos se pensarmos que seremos tratados com carinho e com respeito e que este momento tão único e tão especial vai ser lembrado pelo zelo e pela dedicação destes profissionais que fazem um trabalho cheio de amor!

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