terça-feira, 14 de junho de 2011

Frustração e birras

Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa calma, pouco impulsiva e paciente. Também costumo ser bem otimista. Mas de umas duas semanas pra cá, tenho ficado nervosa e perdido a paciência mais do que gostaria.

O Gustavo está com 17 meses e meio e, ao que parece, está descobrindo o que é frustração.

Não importa quanto tempo eu passe com ele, dando atenção, brincando e fazendo o que ele estiver com vontade. Ele sempre se mostra muito insatisfeito quando é contrariado. E isto acontece 95748362 vezes por dia, dia sim, dia não!
Às vezes ele demonstra sua chateação, chorando aquele choro gritado e sem lágrimas. Às vezes sai correndo desvairadamente até algum lugar, para então se jogar no chão e chorar.

E são situações das mais diversas que desencadeiam tais reações. Um "não corre perto da escada", ou um "não pode jogar a comida no chão", ou "vou ao banheiro e já volto", ou ainda "vamos tirar o cocô", etc.

E quase sempre, ele fica nervoso demais para qualquer conversa.

Eu tenho lido várias coisas sobre os comportamentos típicos e esperados para crianças desta idade.
E como disse a Flávia, em um de seus excelentes posts sobre birras, "eu sei exatamente o que não fazer: 'não gritar, não perder a paciência, não bater', sei que não posso simplesmente não fazer nada, mas não sei o que fazer." E assim estou eu: perdida.

Se tento falar, explicar, ele chora mais alto e me ignora.
Se eu fico quieta e o ignoro, o choro sem lágrima evolui para um choro de verdade, sentido, com lágrimas e soluços.
Não é sempre que a técnica de levar para algum lugar, para ver um passarinho, uma formiga, ou qualquer outra coisa no quintal, funciona.
E apesar de ter lido várias dicas sobre como agir nos momentos de birra, na hora H é difícil lembrar das coisas. E olha que por enquanto, ele ainda nem deu o show fora de casa. Fico pensando em como vai ser quando tivermos "platéia".

Mas estamos só no começo desta brincadeira. Ainda estou aprendendo.
Vou treinar muito meu lado Buda e espero, em breve, alcançar um estágio superior de serenidade e sabedoria, para poder lidar com as situações de birra com todo amor e sangue frio que elas exigem e que o meu filho merece!

21 comentários:

Lia disse...

Fabi, a Micheli (Tagarelices e Pensamentos) deixou um comentário muito interessante num dos meus posts sobre educação. Ela falava que a filha dela deu muito trabalho depois de 1 ano de idade, por ter a personalidade muito forte, mas ela insistiu na educação com paciência e sem violência. Ela conta que, depois dos dois anos, as coisas melhoraram muito. A Clara passou a compreender melhor as coisas e obedecer.
Às vezes os terribles twos vêm antes... Força aí e lembre que tudo passa!
Bjos

Carol Garcia disse...

calma e paciência.
e só.
e muita conversa e segurança como bônus.

passa... um dia diz que passa....

bjocas

Dea, a mamae da Nina disse...

nao me conformei mas me acalmei.
Nina é uma birrenta em muitos momentos do dia mas tb é muito meiga, 2 extremos em segundos......
O q me consola é q nao é só ela e tb q este comportamento segundo a pediatra nesta idade é "normal".
Muita paciencia p nós.
Q venha o 2 anos. Terrible two como dizem....
Bjs bjs

Dea, a mamae da Nina disse...

ah nao consegui comentar na postagem anterior.
Nina ama a cadeirinha dela tb, qdo passeamos ate a praia ela berra d alegria.
E me fala eu como assistente social fiquei curiosa em q se baseou a pessoa q denunciou a mae sobre levar o filho a escola no trailler da bike??
Bjs

Anna disse...

FAbi,

essa fase em que eles estão aprendendo a lidar com frustrações é mesmo muito complicada. Pode chamar de birra ou não... Acredito que o fundo desses "ataques" seja mesmo a frustração.

Agora, uma coisa que ajuda é tentar descontrair: tipo tira o foco da coisa. Tá chorando porque não quer trocar a fralda? Inventa uma história, chama a atenção pra outra coisa.

E respira fundo.

E respira fundo de novo.

E quando a paciência estiver acabando, chama alguém pra te ajudar.

beijocas pra vocês

Fabiana disse...

Liaaaa!! Não consigo comentar no seu blog de jeito nenhum!!!!
Bjos

Fabiana disse...

Fabi, Laura está prestes a completar 14 meses e os ataques de birra por aqui começaram tb já faz umas 3 semanas. A técnica que mais uso é falar calma que to arrumando, calma que to pegando, não é assim, cuidado... e se ela ficar nervosa eu ignoro MESMO. Em dado certo por aqui.
Mas esse termo terrible two quer dizer o que????? E o pior está por vir?
Oh God! Rsrsrs. Paciência, amiga.
Bjos.

Fabiana disse...

Aliás Lia, esta coisa de personalidade forte, em alguns casos a gente percebe bem cedo. Sabe que eu nunca esqueço de um comentário que você deixou pra mim quando o Gu era bem novinho ainda. Eu escrevi que às vezes eu perdia a paciência e vc disse "Já?"...rsrsrs.
Aquilo nunca me saiu da cabeça, mas agora entendo melhor que mesmo bem novinhos, os bebês podem sim demonstrar alguns traços de personalidade.

Fabiana disse...

Carol, como dizem por aí, estes "ingredientes" (calma e paciência) a gente compra onde mesmo? rsrsrsrs

Fabiana disse...

Dea, o cara disse que ela estava colocando a vida dos meninos em risco, pode?

Camila Bandeira disse...

Fabi, isso também acontece comigo e me arrependo no milésimo de segundo após eu perder a paciência. Além da sugestão de tentar sempre manter a calma, eu sugiriria para você colocar o Gu no colégio ou alguma atividade extra, sem você. Observo que vocês passam muito tempo juntos e por você trabalhar em casa, mesmo tentando separar as coisas, fica difícil não ficar absorvida pela rotina e acabar se "enchando" um pocuo dela. Milhões de desculpar por me meter assim, mas pensa com carinho, às vezes toda relação, mesmo de mãe e filho precisa de um tempinho para melhorar. Beijo e boa sorte

Fabiana disse...

Anna, só com muita paciência mesmo. E haja pulmão para respirar fundo tantas vezes, rsrsrs! Mas é isto aí, não tem outro jeito.

Fabiana, terrible two é porque por volta dos 2 anos, a criança começa a fase das birras. Aquela fase temida que a criança dá escândalos e tem ataques de fúria por alguma coisa que quer (ou às vezes nem quer tanto assim aquela coisa, e sim quer testar o seu poder de conseguir a tal coisa).

Camila, eu já pensei na escolinha sim, acho que pode ser uma boa para ele gastar suas energias, mas por enquanto esta opção está fora de cogitação. Agora uma atividade extra está sendo providenciada sim! O problema é que vai ser comigo mesmo... não tem jeito
:-(. Obrigada pelo carinho!
E que pena que você não me escreveu quando esteve aqui em Sorocaba!!! A gente podia se encontrar rapidinho, nem que fosse só para um café! Da próxima vez que vier, me avise tá? Vamos nos encontrar!! ;-)
Bjos

Sarah disse...

Fabi, vc descreveu o Gu ou o Bento?? Porque vou te falar, eles fazem praticamente a mesma coisa. E pelo que tenho lido por aí, o roteiro se repete em quase toda criança.
Além de paciência e ir tentando técnicas diferentes a cada vez, muitas vezes também não sei o que fazer. Se vc descobrir me conta!
bjos
Sarah
http://maedobento.blogspot.com/

Vivian disse...

Fabi, enquanto fui lendo, fui visualizando o Gá com 18 meses... Todas as crianças passam por essa fase, todas! Umas com mais intensidade, outras menos. Em muitos casos essa fase passa rapidinho, em outros demora mais. E a gente enlouquece, se descabela, porque é bem ruim, a gente acha que está errando, mas não está. Passei apuros aqui com o Gá, mas agora aprendi a levar os poucos momentos de birran que restaram. Vc vai saber levar tbm, afinal, maezona como vc é...
Bjos e fica tranquila... que PASSA!

Paloma Varón disse...

Fabi, não vou dizer que passa porque não sei (aqui em casa não passou), mas melhooora e muito! A gente só aprende a lidar com isso lidando, não tem fórmula mágica, é um trabalho de formiguinha zen budista, sabe? Se vc se irritar um dia, não se culpe, não é uma atitude isolada que põe todo o trabalho a perder. O importante é ele sentir que continua sendo amado. Que vc consiga ter mais paciência e ofereça aconchego quando a situação ficar difícil. Observe-o e ele vai te mostrando o caminho, e vc vai conhecendo melhor seu filho e sua personalidade.
Beijos e boa sorte

Fabi disse...

Ai amiga birra é osso, domingo me tranquei na cozinha e contei até 10 antes de voltar ao caos que estava minha sala, o Fe esguelando, o Arthur se jogando no chao e nós atrasados para a festa junina na escola... é isso mesmo não tem resposta certa, vamos tentando...

Flavia disse...

Lembro da sensação de impotência das primeiras crises de frustação... Ainda me sinto assim, as vezes, mas vou aprendendo, a cada crise um pouco mais a lidar melhor com elas,e como consequencia, elas me afetam menos, duram menos, e acontece com menos frequencia.

Tambem tenho aprendido a ser tolerante às minhas limitações, e se um dia perco a paciencia, tento fazer melhor da proxima vez, e economizo o sentimento de culpa de com certeza não ajuda em nada na minha relação com o pequeno e comigo mesma.

Boa sorte!!

Carla Arruda disse...

Fabi,
Você me conhece desde que Henrique era de colo e agora ele chega aos 2 anos beeeem diferente de todos os meses que já vivemos juntos.
Você já presenciou ataques de birra dele e posso te dizer que com o tempo muda, nós mudamos, a comunicação muda e passa... passa e volta...
Paciência eu sei que você tem. E não tem receita, cada momento você perceberá que funciona de uma forma: ou ignorar, ou distrair, ou conversar... nós nos moldamos com as mudanças deles. Não é fácil, mas é recompensador quando percebemos maneiras novas de comunicação.
Beijos

Cin disse...

Nossa postei algo parecido hj no blog. Adorei seu espaço. Bjoss

Kelly Resende disse...

Fabiana, as birras já andam dando as caras por aqui tb. Eu tento mudar o foco, distrair com outra coisa, mas nem sempre funciona. EStou como vc, perdida!
Estamos viajando e passamos uns dias no Rio, foi terrível, ela só queria ficar no meu colo, deu mil birras, acho que não gostou da confusão da cidade. Agora viemos pra Cabo Frio e ela está super tranquila.
Beijos e boa sorte.

Rafaela disse...

Fabi me identifiquei total com tudo!Estou passando por isso com Matheus também,a diferença é que não sou calma como vc,fico muito irritada e ás vezes peço pro Tiago conversar com ele e vou pro quarto chorar!Esou num grau imenso de irritabilidade e ansiedade,mas tento sempre manter equilíbrio e jamais gritar ou perder a paciência.Sou da "era da palmada" etc.e sempre soube que quando eu fosse mãe faria diferente.Sigo tentando...bjo Fabi o Gustavo era o caipirinha mais lindo da festa!
Rafa do Matheus

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