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Quando é necessário fazer o parto cesárea - Dr. Wladimir Taborda
"Se a mulher é bem informada durante a gravidez, ela vai desejar e planejar ter o bebê de parto normal. Os benefícios de um nascimento natural, em ambiente acolhedor, são vários e amplamente divulgados. A criança respira melhor ao nascer, o aleitamento é mais rápido e efetivo, a recuperação da mãe e o retorno ao seu peso são muito mais fáceis. Por conhecer tudo isso, pode ser muito frustrante para a gestante o momento em que o médico recomenda a realização de uma cesariana para antecipar o parto com o objetivo de preservar a saúde e segurança dela e do bebê.
Apesar de todas as vantagens do parto normal, o fato é que, sim, muitas vezes a cirurgia cesariana é necessária e salvadora. Cerca de 20% das gestações podem apresentar situações de risco. Os mais comuns são fetos em apresentação pélvica (quando o feto está sentado), gêmeos (se o primeiro bebê não estiver de cabeça para baixo), placenta prévia (a placenta cobre parcial ou completamente o orifício interno do colo uterino, ocasionando sangramentos intensos durante o trabalho de parto), diabetes ou hipertensão arterial malcontrolados. Em muitos casos, a previsão precoce da cesárea pelo médico ajuda a preparar a grávida para a cirurgia. Pode acontecer também uma indicação de emergência – inclusive em gestações que seguem saudáveis até o fim – em casos de desproporção do bebê para a bacia materna, progressão muito lenta do trabalho de parto, alterações do ritmo cardíaco do bebê, prolapso do cordão umbilical (quando ele sai para fora do útero e, ao ser comprimido pela cabeça do feto, impede o fluxo de oxigênio, podendo causar a morte do bebê) e descolamento da placenta.
Pense no bebê
A boa notícia é que, mesmo diante desses casos, é possível humanizar o processo. Converse com seu médico e diga que você gostaria, por exemplo, que as pessoas falassem pouco na sala de cirurgia ou então que tocasse uma música durante o parto. O pai pode, e deve, participar durante a anestesia colocando-se de frente para a mulher e apoiando os seus ombros, além de permanecer de mãos dadas com ela ou simplesmente ficar ao seu lado. Quando o bebê nasce, todas as luzes do ambiente devem ser reduzidas para não ofuscá-lo. Ele deve ser amamentado ainda nessa sala, com a ajuda do pai e apoio do pediatra ou enfermeira. Não há motivo para frustrações diante da alegria de ter um filho saudável.
Às mulheres que vivem esse momento de mudança de planos, digo para não se deixar abater pelos sentimentos de culpa ou frustração. Não pense que poderia ter feito ou deixado de fazer algo para colaborar. Essa é situação biológica ou uma opção do médico visando a segurança da mãe e do bebê. Essas aflições podem afetar seriamente os próximos desafios pelos quais você vai passar: amamentar e estabelecer um vínculo único e sólido de afeto e cumplicidade que somente as mães podem ter. "
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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